Bons dias sempre!
Que seu dia seja radiante como nos é a Luz do Sol e a
alegria refletida pela Lua.
"TRABALHAREMOS EM GRUPO PARA ADQUIRIRMOS CONHECIMENTOS
E DEFINIR NOSSAS EMOÇÕES"
HOJE é o penúltimo dia do mês de Março.
Já refletiu sobre o que vem acontecendo desde janeiro até
agora?
O que aconteceu de produtivo? De positivo? E as alegrias?
O que veio como desafio? As pedras de tropeço? As
dificuldades?
Neste ponto que estamos AGORA é uma preparação pra entramos
no mês de Abril, já que este mês encerra seu ciclo amanhã.
Todos nós recebemos muito, todos os dias e todas as horas,
e como estamos agradecendo tudo o que recebemos?
A mensagem de hoje, coincidentemente (se é que as
coincidências existem), fala sobre a prece, a oração e sua força, esta mensagem
vem por meio da doutrina espírita e vem por meio de seu mentor Allan Kardec, e
se encontra no Capítulo 27 – Pedi e Obtereis do Livro: “ O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITSMO”.
Boa leitura!
+ AÇÃO DA PRECE – TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO +
A prece é uma invocação mediante a qual o homem entra, pelo
pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objetivo um
pedido, um agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmo ou
por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os
Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons
Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a
Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede
sem a vontade de Deus.
O Espiritismo torna compreensível a ação da prece,
explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a
quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso
pensamento. Para compreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos
conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres,
encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da
atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento,
como o ar é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são
circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito.
Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no Espaço, de
encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece
entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite
o som.
A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento
e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida,
qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se
comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se
estabelecem a distância entre encarnados.
Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não
compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim
materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que
pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de usar
subordinada à vontade de Deus, Juiz supremo em todas as coisas, único apto a
torná-la eficaz.
Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que
acorrem a sustenta-los em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele
adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a
volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar
de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo,
vê arruinada sua saúde, em consequência de excessos a que se entregou, e
arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: Terá ele o direito
de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja?? NÃO, pois que houvera podido
encontrar na prece a força de resistir às tentações.
Se em duas partes se dividirem os males da vida, uma
constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que
ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos,
ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira. Faz-se,
portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte de suas aflições, às
quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência.
Não menos certo é que todas essas misérias resultam das
nossas infrações às Leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente,
seríamos inteiramente ditosos. Se não ultrapassássemos o limite do necessário,
na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que
resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes que as doenças
acarretam. Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína;
se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear a
queda; se fossemos humildes, não sofreríamos as decepções de orgulho abatido;
se praticássemos a Lei de Caridade, não seríamos maldizentes, nem invejoso, nem
cioso, e evitaríamos as disputas e dissensões; se mal a ninguém fizéssemos, não
houvéramos de temer as vinganças, etc.
Admitamos que o homem nada possa com relação aos outros
males; que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles; já não seria muito
o ter a possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da sua maneira
de proceder?? Ora, aqui, facilmente se concebe a ação da prece, visto ter por
efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força
para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta. Nesse
caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos do
mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos
decretos de Deus, nem suspendem o curso das Leis da Natureza; apenas evitam que
as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio. Agem, contudo, à nossa
revelia, de maneira imperceptível, para não nos subjugar a vontade. O homem se
acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática,
mas conservando a liberdade de segui-los ou não. Quer Deus que seja assim, para
que aquele tenha a responsabilidade dos seus atos e o mérito da escolha entre o
bem e o mal. É isso que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir
com fervor, sendo, pois, a isso que se podem, sobretudo, aplicar estas
palavras: “PEDI E OBTEREIS”
Mesmo com sua eficácia a essas proporções, já não traria a
prece resultados imensos? Ao Espiritismo fora reservado provar-nos a sua ação,
com o nos revelar as relações existentes entre o mundo corpóreo e o mundo
espiritual. Os efeitos da prece, porém, não se limitam aos que vimos de
apontar.
Recomendam-na todos os Espíritos. Renunciar alguém à prece
é negar a bondade de Deus; é recusar, para si, a sua assistência e, para com os
outros, abrir mão do bem que lhes pode fazer.
Acedendo ao pedido que se lhe faz, Deus muitas vezes
objetiva recompensar a intenção, o devotamento e a fé daquele que ora. Daí
decorre que a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus e
sempre mais eficácia, porquanto o homem vicioso e mau não da verdadeira
piedade. Do coração do egoísta, do daquele que apenas de lábio ora, unicamente
saem palavras, nunca os ímpetos de caridade que dão à prece todo o seu poder.
Tão claramente isso se compreende que, por um movimento instintivo, quem se
quer recomendar às preces de outrem fá-lo a Deus, pois que são mais prontamente
ouvidos.
Por exercer a prece uma como ação magnética, poder-se-ia
supor que o seu efeito depende da força fluídica. Assim, entretanto, não o é.
Exercendo sobre os homens essa ação, os Espíritos, sendo preciso, suprema insuficiência
daquele que ora, ou agindo diretamente em seu nome, ou dando-lhe
momentaneamente uma força excepcional, quando o julgam digno dessa graça, ou
que ela lhe pode ser proveitosa.
O homem que não se considere suficientemente bom para
exercer salutar influência não deve por isso abster-se de orar a bem de outrem,
com a ideia de que não é digno de ser escutado. A consciência de sua
inferioridade constitui uma prova de humildade, grata sempre a Deus, que leva
em conta a intenção caridosa que o anima. Seu fervor e sua confiança são um
primeiro passo para a sua conversão ao bem, conversão que os Espíritos bons se
sentem ditosos em incentivar. Repelida só o é a prece do orgulhoso que deposita
fé no seu poder e nos seus merecimentos e acredita ser-lhe possível sobrepor-se
a vontade do Eterno.
Está no pensamento o poder da prece, que por nada depende
nem das palavras, nem do lugar, nem do momento em que seja feita. Pode-se,
portanto, orar em toda parte e a qualquer hora, a sós ou em comum. A influência
do lugar ou do tempo só se faz sentir nas circunstâncias, quando todos os que
oram se associam de coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo objetivo,
porquanto é como se muitos chamassem juntos e em uníssono. Mas que importa seja
grande o número de pessoas reunidas para orar, se cada uma atua isoladamente e
por conta própria?? Cem pessoas juntas podem orar como egoístas, enquanto duas
ou três, ligadas por uma mesma aspiração, oram quais verdadeiros irmãos em
Deus, e mais força terá a prece que lhe dirijam do que a das cem outras.
“EU SOU NA TERRA COMO EU SOU NO CÉU”
Aproveite.
Alimente sua Floresta de Luz sempre!