sexta-feira, 31 de agosto de 2018

CINETERAPIA - WAKING LIFE: DESPERTANDO PARA A VIDA





Bons dias sempre!

Que seu dia seja radiante como nos é a Luz do Sol e a alegria refletida pela Lua.


“SE ESTOU ABORRECIDO COM MINHA VIDA, EXAMINO MINHAS ROTINAS E DEFINO MEUS COMPORTAMENTOS. EU SOU GUIADO PELO PODER DO ESPAÇO.”


Ótima e radiante sexta-feira!

Hoje termina o mês de Agosto, com isso, a postagem de hoje é um pouco diferente dos que estamos acostumados a fazer.

Hoje compartilhamos com você um filme de 2001 do diretor Richard Linklater chamado Waking Life : Despertando Para a Vida.

Recebeu três indicações ao Independent Spirit Awards, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro.

Ganhou os prêmios Cinema do Futuro e Lanterna Mágica, no Festival de Veneza. Recebeu indicação ao Prêmio Adoro Cinema 2002, de Melhor Filme de Animação.

A proposta do filme é despertar o interesse do espectador disposto e preparado a pensar, e, apesar de ser uma animação, propõe uma experiência não somente cinematográfica, mas também estética, principalmente filosófica. Trata-se de encontros do personagem principal com outras pessoas, cada uma delas com uma contribuição filosófica e espiritual.

Representa uma ousada tentativa de expressão através do cinema como trampolim para os sonhos. Não há uma trama, mas um personagem guia que salta de uma discussão filosófica para outra, de uma reflexão sobre a vida para a próxima. São quase debates acadêmicos ambientados em mesas de bar, domicílios, na rua, no carro, no nosso mundo, exceto que parece um sonho.

Como o tema principal é ‘sonho’, a atmosfera que envolve os personagens não poderia deixar de ser onírica, fantástica, surrealista. O personagem principal vive dentro de um sonho e, quando acorda, está dentro de outro sonho. 

Esse é o elemento perturbador – e o grande diferencial de ‘Waking Life’ – é ressaltado pelo visual consistente de um sonho, que leva o espectador a outra dimensão, não apenas pelo que está sendo dito, mas também, e principalmente, pelo que está sendo visto. As sensações que daí surgem realmente ficam a cargo de cada indivíduo.

Na mistura de palavras há pensamentos de Kierkegaard, Dostoiévski, Nietzsche e Sartre, uma mistura de imagens estranhamente intelectualizadas por esse filme. Fala-se de existencialismo, neurociência, inconsciente, determinismo, e por aí afora. O diretor dever ter feito um trabalho de pesquisa intenso para produzir o filme. As dissertações estão condensadas, mas são bem expostas.

A trama gira em torno de buscas, encontros, perdas, auto justificativa humana, racionalidade, na tentativa de se encontrar e se justificar, uma bela síntese resumida e convincente do espelho da sociedade. Penso que o motivo de empregar a palavra ‘ação’, diz respeito à situação do protagonista dos sonhos, sempre esperando um despertar que nunca chega. 

No filme há quatro ‘caras’ que eram ‘teoria sem ação’ estavam andando em uma rua fechada onde há uma placa escrito ‘desvio’. Isso é uma alusão e crítica as pessoas que andam na ‘contramão’ do sistema, mas que na verdade elas ‘pensam’ que são diferentes, porém suas ações não provam suas ideologias. Elas não dão exemplo, apenas falam.

A questão existencial que pontua todo o filme é a dúvida do protagonista: como diferenciar a vida real àquela que existe somente em nossos sonhos? Como identificar essa linha tênue que separa o real do imaginário? Pode ser mais simples do que se imagina, ou não. 

Ele foi baseado em idéias de Platão, Aristóteles, Nietzsche, Jean Paul Sartre, todo formatado em diálogos (como Sócrates gostava de filosofar) e perguntas jogadas ao vento. Idéias desses pensadores são a tônica dos diálogos que Everyman trava em busca de respostas para suas dúvidas – estas que vão desde a natureza dos sonhos (de onde e como eles surgem) até assuntos como reencarnação, sentido da vida e cinema.
  
Efetivamente, umas das principais conclusões do filme é que se trata de uma viagem pelo próprio subconsciente, entrando em contato com o EU e diversos conteúdos, possibilitando escancarar algumas janelas, podendo resultar em novas perspectivas, causando enfrentamento, crítica e autoconhecimento, contribuindo para expandir horizontes.

+ SINOPSE +

Um jovem não consegue acordar de um sonho e conversa sobre os vários estados da consciência em discussões filosóficas e religiosas com vários personagens, como por exemplo o cineasta Steven Soderbergh e os atores Julie Delpy e Ethan Hawk.

Boa sessão!


+ WAKING LIFE : DESPERTANDO PARA A VIDA +

Não achamos o filme completo no Youtube, por isto, acesse este link para assistir ao Filme completo no Vimeo Waking Life: Despertando para a Vida

TRAILER:


Aproveite,

Alimente sua Floresta de Luz sempre!


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