sexta-feira, 15 de abril de 2016

OS SOLOS SAGRADOS - ÁRVORES E A FLORESTA AMAZÔNICA






Bons dias sempre!

Que seu dia seja radiante como nos é a Luz do Sol e a alegria refletida pela Lua.

“QUERIA SER UMA ÁRVORE VELHA COM MAIS DE MIL ANOS E NÃO TER CORAÇÃO. POIS UM DOS GRANDES MISTÉRIOS DA VIDA É MORRER”

Hoje, esta floresta irradia sua luz para que você amplie seu conhecimento e seu entendimento sobre o ambiente em que vivemos, sobre a santidade em que pisamos, que são os Solos Sagrados. Esta Floresta de Luz sente-se orgulhosa em ter nascido e estar sediada na Floresta Amazônica.

O Solo é parte superficial da crosta terrestre aonde interagimos e nos correlacionamos com tudo e com todos em nossa volta; é Sagrado porque é um organismo VIVO, isso mesmo, se isso é novidade pra você saiba que há vida no solo sob seus pés, o solo não é vazio, é um organismo complexo composto de areia, argila, silte, matéria orgânica, microrganismos, luz, ar e água, componentes necessários para se manter vivo e nutrir a tudo e todos que dele dependem para sua existência.

O solo mostra a relação de toda essa micro/macro flora e fauna com o ambiente inteiro (não gosto muito do termo “meio ambiente” já que não existe uma “meia árvore”), isto explica as diferentes tonalidades e variações que encontramos nos ambientes do planeta, desde os areais das praias, o solo argiloso da bacia amazônica, à terra preta do sudeste e a terra roxa do sul. Acredite, aos que trabalham com a terra, agricultores, agrônomos, a cor do solo diz muito sobre suas características, como um pré-diagnóstico do que pode ser trabalhado neste solo.

Com isso, buscamos ajudar você a entender esta relação do solo com seus habitantes sagrados, os seres do reino vegetal – e objetivo desta mensagem – que são as lindas, majestosas, imponentes e radiantes Árvores e a Floresta Amazônica.


+ CONHEÇA A AMAZÔNIA +

A Amazônia brasileira tem posição de destaque no atlas mundial por ter a maior reserva florestal contínua do mundo e por outras riquezas. Essas riquezas podem ser traduzidas como grandes jazidas minerais e óleos, diversidade de animais e vegetais, sem falar de microrganismos que vivem acima e abaixo do solo. Essas espécies funcionam como um grande reservatório ainda pouco conhecido, mas com grande potencial alimentício e farmacológico de grande importância para a humanidade.

A floresta NÃO foi e nunca será obstáculo para o ser humano. A floresta tem papel importante, de forma intrínseca, na proteção de outras formas de vida e na manutenção dos processos biológicos e ecológicos que controlam a produção e produtividade dos ecossistemas.

No entanto, a floresta amazônica, em particular, tem sido destruída a uma velocidade sem precedentes e, por essa razão, tem produzido grandes manchetes no cenário mundial. Dessa forma, o desmatamento associado ao mau uso dos recursos naturais da Amazônia, tem sido motivo de preocupação no cenário internacional, com a possibilidade de intensificar a crise ambiental que o planeta tem sido acometido, principalmente nas últimas cinco décadas. Com o aumento da população e a multiplicação da tecnologia e o uso indiscriminado do solo para diversos fins, a floresta amazônica tem sofrido mudanças rápidas que podem afetar a biodiversidade, a hidrografia e o ciclo global do carbono, desmantelando um sistema auto-sustentado que não pode ser recriado. Em consequência do mal uso das florestas, algumas civilizações praticamente desapareceram da face da Terra.

Conhecer e compreender o sistema amazônico faz parte de um processo para o bom gerenciamento e uso dos recursos naturais, o que não resolverá por si só os problemas ambientais presentes e futuros. Contudo, é um passo importante na tentativa de situá-lo dentro de uma temática voltada para a educação ambiental e a conservação da mesma.

Para os seres humanos, a Amazônia é um símbolo nostálgico de um mundo modificado; rios e igarapés retos completamente urbanizados, florestas uniformes com uma única espécie, avançada desertificação em vários lugares do planeta, poluição do ar e das águas e extinção de muitas formas de vida. Grande parte das pressões para proteger a Amazônia, a qualquer custo, tem origem nesse sentimento. A região sempre viveu de mitos, começando pelo nome que deriva das místicas amazonas – mulheres guerreiras mais fortes e mais corajosas nunca vistas. O que essas mulheres ofereciam aos antigos, a região oferece aos modernos: um pacote de mal-entendidos e sonhos, um objeto de meias-verdades e desejos – e em síntese, uma terra de mitos, de desejos e de sonhos.


+ O MITO DA HOMOGENEIDADE

Quase sempre a Amazônia é vista apenas como um grande tapete verde cortado por rios e igarapés. No entanto, ela contém uma fantástica diversidade (biológica, social e cultural). Da mesma forma, imagina-se que a Amazônia é plana – isso é meia-verdade. A altitude da cidade de Manaus, por exemplo, é de aproximadamente 100m acima do nível do mar, mas tem depressões que chegam quase ao nível do mar, os platôs dessa região variam em torno de 500m de raio.



É comum ouvir mundo afora que a Amazônia é Brasil e o Brasil é a Amazônia. Por essa razão, nas cidades do Brasil encontram-se cobras, onças e outros bichos, desmatamento e queimadas por toda parte. Apesar de responder por quase 60% do território nacional, há outros sete países que compõem a região amazônica.


+ O MITO DA RIQUEZA E DA POBREZA

A exuberância da floresta amazônica criou o mito de que os solos fossem igualmente ricos e apropriados para a agricultura. Isso foi o principal argumento para se tentar resolver os problemas fundiários e da produção de grãos e proteínas do Brasil. Porém, depois de alguns fracassos nessas áreas, radicalizou-se de novo, ou seja, criou-se o diálogo de que a Amazônia não serve pra nada e o seu desenvolvimento é impossível.

Enquanto o mito “riqueza” diz que a região é um paraíso que transborda abundância e riquezas – a lenda do eldorado – o mito da “pobreza” pinta também com cores exageradas – contemplação apenas, cada lado engajado em meias-verdades para defender a sua posição.


+ PULMÃO DO MUNDO

No processo de fotossíntese e respiração, as plantas têm a capacidade de absorver gás carbônico e liberar oxigênio. Em condições naturais, a tendência é de equilíbrio entre absorção e liberação. Estudos recentes sobre a interação biosfera e atmosfera, realizados na Amazônia, indicam que nos últimos 20 anos, a floresta tem sequestrado mais carbono do que emitido. Algum desavisado poderia até ressuscitar o mito do “pulmão do mundo” pelo tamanho da floresta amazônica. No entanto, tudo é uma questão de escala. As proporções de oxigênio e carbono na atmosfera são completamente diferentes, qualquer grande liberação de oxigênio na Amazônia, ainda seria insignificante para alterar o estoque na atmosfera.


+ SERVIÇOS AMBIENTAIS

Os principais serviços ambientais da Floresta Amazônica são:

Abrigo às outras formas de vida; Regulação de cheias e enchentes; Controle da erosão do solo; Proteção de bacias hidrográficas e áreas de coleta d’água; Recargas dos aquíferos subterrâneos; Conservação dos recursos genéticos e da biodiversidade; Oportunidades recreacionais; Valores estéticos.

Infelizmente, essas riquezas só são percebidas quando são perdidas ou quando se fala dos custos de recuperação de áreas degradas (como vemos no desastre com o rompimento da barragem da Samarco em MG), de despoluição de rios e igarapés, etc.

O bioma amazônico é um mosaico de ecossistemas condicionados à grande diversidade de relevos, climas, ciclos hidrológicos, índices pluviométricos, insolação e umidade. A Amazônia Legal cobre uma área de 4.988.939 km², representando 58,7% do território brasileiro e é formada por 23 ecorregiões. Todo esse conjunto estrutura os delicados ecossistemas amazônicos, que se diferenciam principalmente pelas características físico-químicas das águas que drenam os rios, influenciando os tipos de solo e consequentemente a vegetação.


+ ORGANISMOS VIVOS E SUAS RELAÇÕES

O bioma amazônico originou-se de uma falha no escudo pré-cambriano, irrigado por uma extensa rede de rios de água barrenta, preta e cristalina, com diferentes graus de fertilidade, apresentando florestas de terra firme, que cobrem a maior parte da Amazônia e as florestas que sofrem inundações periódicas chamadas de várzea – quando os rios são de águas barrentas (rios Amazonas, Solimões e Madeira) – ou igapó – quando os rios são de águas claras ou negras (rios Tapajós e Negro). Podemos citar ainda as savanas, campinas, campinaranas e as florestas de bambu e vários outros tipos de vegetação que compõem o mosaico amazônico.




Nos ecossistemas podemos verificar as variedades de espécies. Cada uma é formada por indivíduos que possuem características genéticas próprias, os quais são capazes de cruzar e gerar descendentes que entrecruzam e formam novos indivíduos, que irão somar-se aos já existentes compondo assim, um conjunto de indivíduos com similaridades e diferenças.

As plantas são produtores primários. Elas dominam o fluxo e a ciclagem de energia, água e nutrientes minerais dentro do ecossistema. A estrutura da vegetação determina muitas das características da paisagem nas quais outros organismos vivem e se desenvolvem, incluindo o ser humano.

No âmbito florestal, a preservação significa o equilíbrio entre fatores biológicos, físico-químicos, sociais, econômicos e culturais. Esses fatores garantem o funcionamento entre e dentro dos ecossistemas nos quais está inserida uma grande variedade de espécies. Nenhuma espécie sobrevive isoladamente na natureza, todas as espécies que compõem um ecossistema mantêm relações mais ou menos estreitas de acordo com o grau de afinidade.

Muitas espécies de arvores, por exemplo, necessitam dos animais para dispersão das sementes. Comidas por eles, as sementes são “tratadas” no aparelho digestivo e ao defecarem, os animais fertilizam o solo e possibilitam a germinação dessas sementes e a perpetuação da espécie.

A fauna da floresta é rica e variada, muitos animais são arborícolas, vivem nos galhos das árvores, outros apenas utilizam-se de galhos das árvores para dormir ou espreitar sua caça. Alguns utilizam as folhas para desovar ou alimentar-se delas. Muitos vivem sobre raízes coletando os frutos que caem no solo ou na água, como é o caso dos peixes. Há, portanto, uma variedade de aspectos interdependentes que proporcionam uma dinâmica própria entre os organismos existentes naquele ecossistema.

Nas florestas de terra firme, por exemplo, a grande diversidade animal varia de acordo com os estratos da floresta. Nas copas das árvores predomina a avifauna, como por exemplo, os papagaios, os tucanos e os pica-paus. Entre os mamíferos das copas predominam as mucuras, os morcegos, os pequenos roedores e os macacos. O nível intermediário é habitado por gaviões, corujas e centenas de pequenas aves. No chão da floresta habitam os jabutis, cutias, pacas, antas, etc., que se alimentam de frutos caídos das árvores. Esses animais, por sua vez, servem de alimento para grandes felinos e cobras.



Os primatas possuem nichos bem diferenciados. O bugio (guariba), por exemplo, é uma espécie de macaco de hábito diurno e se alimenta de preferência de preferência de folhas. Ao lado dos polinizadores clássicos abelhas, borboletas e aves – os macacos têm também um papel de destaque como polinizadores e dispersores de sementes.

As aves em especial desempenham papel importante na recomposição de áreas degradadas. O bem-te-vi, por exemplo, circula com desenvoltura entre bordas de mata, pastagem e capoeira, atuando como agente de disseminação de espécies de plantas que primeiro colonizam determinada área que sofreu algum tipo de impacto (plantas pioneiras).
Ao depositarem sementes de pioneiras em áreas de clareira, sejam naturais ou criadas pelo homem, as aves contribuem para a progressiva recuperação da cobertura e biomassa vegetal. Esse processo contribui para o sombreamento do solo propiciando condições para o estabelecimento de novas espécies exigentes em termos de umidade e sombra. Cada etapa desse processo, também chamado de sucessão florestal, é fundamental para a proteção do solo e dos recursos hídricos.


+ ÁRVORES – INDIVÍDUOS REPRESENTATIVOS


A árvore não pode ser considerada meramente como um indivíduo num determinado ponto no tempo, mas como um indivíduo geneticamente diverso em processo de desenvolvimento e mudanças, que responde, de várias maneiras, às flutuações do clima e microclima, a incidência de insetos, fungos e outros parasitas, particularmente às mudanças ao redor dela mesma. A árvore é, então, vista como uma unidade ativa e adaptável e, a floresta é composta de um vasto número de árvores interagindo entre si e com os fatores do solo e do clima.



O ambiente da árvore não consiste apenas de fatores abióticos determinados pelos fatores climáticos e de solos. Esses fatores são filtrados pela vegetação circundante composta de um mosaico de fragmentos de floresta jovem, em construção, madura e em decomposição. E, dentro de uma particular mancha, os nutrientes e a energia são filtrados novamente por vários organismos, antes de alcançar a árvore sob consideração.

Ao observarmos uma árvore devemos vê-la não como um organismo estático, imóvel, em um determinado ponto no tempo, mas como um indivíduo geneticamente diverso em processo de desenvolvimento e mudanças, que responde de várias maneiras aos fatores bióticos e abióticos.

Entre os fatores abióticos podemos citar as flutuações do clima e micro-clima, que são cruciais ao desenvolvimento das árvores, uma vez que a disponibilidade da água, a quantidade do ar e a variação da temperatura interferem não apenas em um indivíduo isoladamente, mas em todo o ecossistema.

Os fatores bióticos correspondem a todos os indivíduos que mantêm relações em uma determinada área. Em uma única árvore, por exemplo, é possível encontrar um grande número de trepadeiras e epífitas (samambaias, orquídeas e bromélias), além de musgos e liquens que se estabelecem nos galhos e troncos.

Na Amazônia, a idade das árvores é uma informação muito difícil de ser obtida porque nas regiões de clima quente, as estações do ano não são bem definidas como nas regiões de clima temperado. Por isso, os anéis formados não são bem definidos e pode haver mais de um anel por ano, o que dificulta sua contagem e, portanto, a determinação da idade, uma vez que não é possível visualizar claramente os anéis de crescimento. Por essa razão, o método de contagem dos anéis não é recomendado para as espécies arbóreas da floresta amazônica.

“VISUALIZO MINHA VIDA GUIADA PELO CONHECIMENTO E TRANSCENDO, CRIANDO UM CÉU NA TERRA”




Aproveite,
Alimente sua Floresta de Luz sempre!

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